terça-feira, 11 de março de 2008

Babysitting no Mont´imaginário


Para crianças dos 18 meses aos 6 anos

Fim de Semana

Horário de funcionamento:

8.30 - 13.00

14.00- 18.00



preço: 4€ hora



Inscrições no Mont´imaginário, Quinta da Picada EN4( Restaurante Pôr do Sol)
contacto maria galego 919815260

domingo, 2 de março de 2008

Síntese da 3.ª Tertúlia - Jogos em família ... momentos para descobrir!

Aqui estou eu mais uma vez para, em tom de toque final, fazer uma sintese da última tertúlia que teve por tema "Jogos em família...momentos para descobrir!". Estiveram presentes nestas tertúlias professoras, educadoras, psicólogas, terapeutas, animadoras socio-culturais, mães, avós...mulheres! Foi um ciclo muito feminino...eu adorei, mas pergunto-me, onde é que andam os homens?! Falamos dos jogos do seu ponto de vista lúdico, terapeutico ou como lugar de eleição para criar empatia nos mais diversos contextos.
- o jogo que se pode usar para iniciar uma relação de empatia entre terapeuta e paciente;- o jogo que pode criar laços mais próximos entre pais e filhos;
- o jogo que pode animar a educação das nossas crianças, ajudar um professor a resolver dificuldades de relacionamento com os alunos ou para facilitar a compreensão de determinada matéria;
-o jogo como lugar de observação e aprendizagem de quem são, de como estão e quem querem ser as crianças que temos presentes na nossa vida;
- o jogo como lugar de espontaneidade, imaginação, criatividade, onde errar não faz mal, onde as regras e os limites são aprendidos por sugestão e não por imposição, onde se pode aprender que ganhar ou perder não é o objectivo, mas sim tudo o que se vive pelo meio;
- o jogo como lugar onde se pode aprender a ter confiança para ir mais longe, onde se pode aprender que perder faz parte da vida e que muitas outras oportunidades vão surgir e em que vamos poder dar o nosso melhor;
- o jogo como lugar onde o corpo pode ser percepcionado de uma forma mais profunda e sentida, etc. Tenho de confessar que tive alguma pena de não estarem presentes algumas pessoas mais na qualidade de pais, avós e irmãos.

Mas ficou claro que tanto do ponto de vista dos educadores como dos terapeutas, que os pais (de uma forma geral) não estão muito à vontade ou disponíveis para brincar com os filhos. Falta de jeito, timidez, não saber como e o que fazer, dificuldade para se fazer comunicar, ter medo de "falhar" perante os filhos...podem ser muitas as razões. Juntamente com as vossas palavras e com a minha experiencia sinto que os adultos estão muito distantes da sua "criança interior"...e o que é que isto quer dizer? Para mim, passa por perceber que as pessoas estão tão imersas nas suas obrigações, preocupações, rotinas demasiado estruturadas e cansaço que pouco tempo encontram, ou se permitem ter, para dar espaço à espontaneidade, à alegria e simplicidade que a vida tem disponível para todos nós...É como se numa lista de prioridades (para a maior parte) estivesse em último lugar, quase esquecido, o espaço para sermos quem somos, o momento para olharmos quem nos estamos a tornar, o espaço e tempo de qualidade na companhia daqueles que amamos e que nos devolvem a alegria, a força, a coragem e a energia necessária para voltarmos aos nossos problemas, obrigações, dificuldades, etc, etc... Os jogos têm sido amplamente usados para as crianças. E os pais? E a família? Porque não começar a criar dinamicas estruturadas e temáticas em casa e na escola? Por exemplo, na medida em que a familia participe de forma lúdica na educação, onde os avós, os pais, os irmãos participam...deixando-se assim impregnar da alegria e leveza contagiante que se cria num contexto lúdico repleto de crianças!!! Muitas vezes se diz que os avós têm muito mais paciência que os próprios pais para educar as suas crianças. É verdade que os pais estão num periodo da vida em que têm a necessidade de focalizar as suas energias para o trabalho que é a fonte de rendimento que assegura o bem estar de toda a familia - já os avós estão noutra etapa, livre dessas preocupações, daí "terem mais tempo", daí terem mais paciência...e isto parece-me a ordem natural das coisas...mas contudo perdeu-se um certo equilibrio no gerir do que é essencial para o Bem de todos...É como se um dos pratos da balança tivesse muito mais peso que o outro - num prato estão as obrigações profissionais, financeiras, etc, e no outro prato estão a alegria, a partilha, a paz de espirito e o bem estar interior - é facil de perceber qual dos dois está a pesar mais e a causar desequilibrio!!!Há todo um caminho a ser percorrido para se reencontrar o equlibrio perdido! Um equilibrio que se faz nascer a cada dia, com amor, paciência, dedicação e vontade para mudar aquilo que se percebe já não estar a funcionar. E muito mais haveria para dizer e por isso mesmo, eu pessoalmente, juntamente com outras pessoas vou continuar a fazer um caminho que de alguma forma possa contribuir para o reencontro do equilibrio perdido, seja no formato de tertúlia, de palestra, de terapia ou de ateliers! Obrigado pela vossa participação e bem hajam...desejo que nas vossas vidas o entusiasmo, a alegria e a simplicidade nunca se percam mesmo quando diante das preocupações, obrigações e dificuldades naturais que a vida tem para nos colocar! P.S.Podem contactar-me através deste email...aliás, lancei-vos o desafio de me enviarem muitas ou poucas palavras de reflexão sobre os temas que abordamos!!! Sintam-se à vontade para dar sugstões ou para me lançar um desafio! Quando houverem novas iniciativas agendadas, da minha parte, comunico-vos.